BLOG DO AMARAL - O Compromisso Com a Verdade!

Saturday, July 07, 2007

A MENTIRA

Por: Francisco Amaral
Ao observar uma pessoa falar a respeito do episódio ocorrido recentemente em Itaituba, fiquei a meditar a respeito de um artigo do escritor Benedito Monteiro, membro da Academia Paraense de Letras, que o inicia questionando sobre “O que é a mentira?” Se no Dicionário 'Aurélio', entre outros sinônimos, a mentira é classificada como afirmação contrária à verdade; engano propositado, impostura, fraude e falsidade, as pessoas deveriam imaginar que esta prática traz como conseqüências, na maioria das vezes, irreparáveis.
Todos mentem, porém, alguns mentem todos os dias, sem se preocuparem com os infortúnios deixados por suas atitudes, ou porque não dizer, por seu vício. Mentem tanto que acabam por acreditar nas próprias mentiras. Quanto mal essas pessoas causam a si mesmos e aos outros? Irritam até mesmo as pessoas que dizem amar e, por final, perdem a credibilidade, o que é algo grave e, talvez, irreversível!
A mentira, se transformada em calúnia, constitui-se crime, entretanto, até que se prove contrário, provoca um verdadeiro estardalhaço na vida das pessoas. Daí, a sua ênfase está no estrago que ela produziu, pois só os danos materiais podem ser avaliados.
Antes de falarmos, precisamos avaliar bem as palavras, já que estas têm um poder imenso no cotidiano do ser humano! Analise com o máximo cuidado quando dizer algo sobre alguém. Mas cuidado, aí pode estar entrando em sena os “artesãos” da mentira! Os mais perigosos, pois mentem com tanta maestria que quem os ouve acredita! Não por muito tempo, é claro, pois, o mentiroso não tendo mais mentira que justifique suas mentiras, acaba se enganando que enganou alguém. E então, acabará por acreditar em suas mentiras, se autodestruindo!
Ao tricotar esses comentários, lembrei de uma pessoa que vivia enganando seu cônjuge. E para maquiar suas puladas de cerca, acusava o marido de infidelidade, justificando-se nos comentários, que segundo ela, ouvia de terceiros.
Um certo dia inventou a intenção de vender perfumarias no garimpo. Como ele já desconfiava, resolveu vetar a viagem. Mesmo assim ela foi. Lá, praticou a devassidão sem se preocupar com as conseqüências. Ao retornar, apesar das duas cruzes de malária contraídas, tentou sustentar a mentira da venda de perfumarias. Porém, contando uma mentira para justificar a outra, entrou em contradições e cometeu alguns deslizes, fazendo o marido mentir também. Ou seja, Fingiu que acreditou, mesmo após descobrir a farsa da infiel.
É Jornalista e Titular da Cadeira nº 02 da Academia Itaitubense de Letras

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