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Sunday, March 13, 2011

Um olhar sobre as obras de pavimentação da BR 163

Por: *Professor Pedro Cardoso
A conclusão da BR 163 está ligada diretamente ao desenvolvimento dos diferentes processos econômicos, políticos, sociais, multiculturais e/ou educacionais que de maneira espontânea ou planejada marcaram a intervenção federal na região amazônica desde os anos 70.
Certamente a BR 163 é um marco histórico no processo de ocupação da região amazônica, relacionando-se esta obra ao progresso da região e, principalmente, ao melhor desenvolvimento humano de nosso povo.
Ao observar a história do Brasil, percebo a magnitude no anseio dos governos militares em ocupar a Amazônia. Neste particular, a construção da BR 010, Belém-Brasília, da BR-316; da Cuiabá-Porto Velho, BR-364; da Transamazônica, BR-230; e Cuiabá-Santarém, BR-163, ou seja, seria o próprio caminho que permitiria a penetração terrestre do desenvolvimento em áreas mais distantes do Brasil e, ao mesmo tempo, criara-se a possibilidade de um elo de ligação com as necessidades de crescimento da economia brasileira, em que pese especialmente no setor exportador, localizado, a priori, no centro-sul do país.
Porém, em virtude de problemas estruturais e de posterior manutenção, essas estradas acabaram por se transformar em pesadelo para o povo amazônida, principalmente no inverno.
O tempo passou e a necessidade de rever o planejamento estratégico inicial para obras tão gigantescas se tornou cada vez mais necessária. O conhecimento a respeito das mudanças estruturais, fisionômicas, espaciais, enfim, científicas, no meio ambiente, são fatores importantíssimos para tomada de decisões positivas em relação ao que se está fazendo com e na BR 163.
O combate à devastação, a descaracterização e uso inadequado das terras e dos produtos da vegetação, a ocupação e a exploração desordenada da terra, a geração de grandes descampados improdutivos, o desaparecimento da fauna, os desmatamentos, a descaracterização das florestas, o surgimento acelerado da vegetação secundária, o desaparecimento de pequenos rios, a mudança do clima, dentre tantos outros, são questões ambientais que não podem ser esquecidas e devem debatidas quando da execução de uma obra ao nível da BR 163. Asocialização destes conhecimentos e das consequências do mau uso do meio ambiente se dá através da educação e, por conseguinte, da conscientização do povo.
Por isso, aproveito a oportunidade e parabenizo os professores Raianda Nunes, Maria Divani e João Paulo, do holdingque inclui o Instituto Virtual Internacional de mudanças Globais, da UFRJ, pelo brilhante trabalho educacional que vem realizando nas escolas e Instituições em nossa região, divulgação das ações que estão ocorrendo na conclusão das obras da BR 163, em relação aos cuidados com o meio ambiente e a cerca da preservação de nossos ecossistemas.
É louvável a concepção de finalizar a BR 163, não há dúvidas. Estas ações estão possibilitando um corredor nacional moderno de escoamento da produção de grãos no país, o desenvolvimento da agropecuária e,ao mesmo tempo, permitirão a chegada de mais pessoas com interesses diversos em nossa região. Isto é progresso!
A esperança do povo amazônida, agradecido por todo esse eminente e iminente sucesso, está no fato de que erros estruturais do passado não voltem a se repetir, tal qual que não haja profundos impactos sobre o meio-ambiente, em relação à configuração do território e à organização social.
Espera-se, também, que aquelas experiências do passado possam dar subsídios à criação de dispositivos jurídico-institucionais de vanguarda, utilizando-se de planejamento e estratégias eficazes, socializadas por todos os diferentes atores sociais envolvidos, os quais, teem contribuído, sobremaneira, para modificar a atuação das instituições, diversificando-as e atribuindo-lhes outros importantes significados, em consonância com os próprios desígnios.
Parabéns, então, a todos nós pelas obras e pela conclusão da BR 163. A nação brasileira finalmente está resgatando uma dívida de aproximadamente 40 anos com o povo amazônida. Benvinda BR 163. Sejamos, assim, mais felizes!

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